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Quem sou eu

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Às vezes sou o que invento Às vezes sou o que não quero ser Às vezes sou poeira que aparece com o tempo Às vezes sou a pedra onde topas sem querer Ainda estou somente só Ainda ando com meus passos inseguros Ainda me encolho quando sinto dor Ainda choro quando tenho medo do escuro Sou uma bailarina que não dança nem nada Sou uma menina que ainda não cresceu Sou quem passa muitas noites acordada Sou quem acorda quando o sol já se perdeu

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quinta-feira, janeiro 28, 2010

Me permito



“Me faz mais feliz... Me dá asas pra fluir...”

Não se sabe o gosto exato das palavras ouvidas. Soa linda e delicadamente... Como uma canção de ninar. Embora eu tenha criado muitas dessas palavras em minha mente, é sempre diferente quando elas são realmente sentidas. E as ouvi. Muitas vezes não soube diferenciar palavra ouvida de sonhada, mas certamente estas foram reais.
Aquelas poucas palavrinhas fizeram minha alma dar pulos de alegria. Mesmo uma parte de mim sendo extremamente severa e me forçando a aquietar-me, eu não conseguia. Deixei as emoções dominarem. Deixei meu contentamento ser observado por olhos curiosos. E me permiti sonhar. Mesmo sabendo que tudo não passaria de sonho, me permiti imaginar novas falas e fazer as poucas que foram ditas ecoarem dentro de mim. Livres.
Uma onda de felicidade foi gerada em mim. Fitei o nada como quem espera que a qualquer momento uma voz querida encontre meus ouvidos. Mas não há nada. Sei que não há e tenho quase certeza de que não haverá – digo quase porque é sempre bom sonhar, mesmo que minhas chances sejam nulas.
Me permito sonhar agora, pois amanhã o sabor das minhas lembranças será amargo e me trará dor. Estarei de ressaca. Pronta pra sentir as conseqüências da minha insanidade. Pronta pra aprender que não devo sair da linha outra vez. Pronta pra ver que não devo me animar com tão pouco. Amanhã será um dia longo e precisarei de muito mais que minha força pra me levantar. Mas... e daí? Ainda estou no meu hoje. Vou aproveitar essa musica que ecoa em meus ouvidos. Dançar até cair no chão. Me permitir ser livre por meus poucos minutos.

“Sou o único que conhece a extensão plena e completa da minhas atividades” (Jostein Gaarder)

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Entre outras coisas


‘’Desejei uma vida inteira pela frente... Nem começou’’

Não sei se a aplicação é basicamente essa, mas de fato, minha vida ainda nem começou.
Nesse ultimo ano, a coisa que eu mais fiz foi pensar. Pensei em muita coisa, e tudo o que pensei, certamente envolvia o comportamento das pessoas. Eu tenho essa mania de ficar observando todo mundo. Quando eu estiver calada/quieta demais, tenha certeza de que estou ‘pensando na vida’. E pensar cansa às vezes. – Quem disse que pensar não cansa?
Tenho saído pouco para observar o movimento da cidade, e nessas poucas vezes me peguei observando o modo como as pessoas se olham, como andam, como falam, como se tocam, como vivem... Tudo isso me fascina.
Pensando que eu havia feito muito isso com os outros e tão pouco comigo, obriguei meus olhos a olharem para mim.
O que eles viram:
- Que sempre acho que não sei de nada.
- Que eu sou uma pessoa horrível comigo mesma (uma vez já me flagrei me torturando por algo que nem merecia tanto).
- Que inevitavelmente eu me preocupo com as pessoas (até as que não merecem).
- Que eu perdi muito da minha essência.
- Que eu tenho sentido medo de muita coisa que antes não tinha nenhum efeito sobre mim.
- Que eu tenho estado muito sentimental.
- Que eu não suporto ficar sozinha.
- Que eu detesto ser ignorada.
- Que de vez em quando, meus ouvidos precisam ouvir coisas agradáveis.

Isso foi o que eu vi quando obriguei meus olhos a olharem um pouco pra mim e não tanto pros outros – acho que não devo ser a única a pensar que eu deveria ser menos cruel comigo.
Com base nisso, decidi mudar. Hoje é um ótimo dia pra começar isso. Não pretendo fazer planos, nem promessas. Não quero me prender às trivialidades desse formidável mundo cão, nem me desprender das coisas que acredito e aprecio. Se passo o tempo pensando demais na vida, é porque ainda pretendo encontrar a minha essência perdida –mesmo que demore.