Às vezes sou o que invento Às vezes sou o que não quero ser Às vezes sou poeira que aparece com o tempo Às vezes sou a pedra onde topas sem querer Ainda estou somente só Ainda ando com meus passos inseguros Ainda me encolho quando sinto dor Ainda choro quando tenho medo do escuro Sou uma bailarina que não dança nem nada Sou uma menina que ainda não cresceu Sou quem passa muitas noites acordada Sou quem acorda quando o sol já se perdeu
“Teu sagrado e tua besteira, teu cuidado e tua maneira de descordar da dor, de descobrir abrigo...”
Me anima, mesmo quando pensa que não. Fica meio na duvida pra seguir o próximo ato, mas ainda assim continua. Não consegue ser diferente. E ainda que tentasse, seria exatamente o mesmo, pois sua capacidade de fazer o que é certo age antes mesmo que você pense. Me conforta. Usa de uma linguagem muito bem dosada. Nada de exageros adocicados ou amargos demais. Sabe ser firme sem ser severo, sabe acalentar sem parecer meloso. Me entende. Não há necessidade de muitas palavras. Por muitas vezes só os olhos falaram. E nesse dizer-não-dito, percebo que a conversa dos olhos foi uma das melhores que já tive. Acredita. Acho incrível a sua forma de acreditar em mim. Até mesmo quando nem eu acredito. Duvidas? Não, não... Não tenho duvidas da sinceridade de cada gesto, da verdade refletida em cada olhar, da certeza de cada palavra. Não pretendo me prolongar nessa questão. Não só porque não tenho duvidas, mas também porque não tenho as melhores palavras pra descrever. Sendo assim, escolho mais uma de minhas simplicidades: Obrigada por se fazer presente em minha vida.