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Quem sou eu

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Às vezes sou o que invento Às vezes sou o que não quero ser Às vezes sou poeira que aparece com o tempo Às vezes sou a pedra onde topas sem querer Ainda estou somente só Ainda ando com meus passos inseguros Ainda me encolho quando sinto dor Ainda choro quando tenho medo do escuro Sou uma bailarina que não dança nem nada Sou uma menina que ainda não cresceu Sou quem passa muitas noites acordada Sou quem acorda quando o sol já se perdeu

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quarta-feira, julho 13, 2011

As cartas de ninguém.


"Não, não é o fim. Dure o tempo que você gostar de mim. Entre o 'não' e o 'sim' só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim." (Nunca - A banda mais bonita da cidade)


Te escrevi cartas sim. Te escrevi em olhares, abraços e até nas grosserias que você nunca soube diferenciar se eram de brincadeira ou não. Na maioria das vezes eram brincadeiras. As grosserias de verdade eu guardei para o final, mas você já não estava mais olhando. Passei tanto tempo ensaiando umas frases de efeito pra você que meu espelho acabou quebrando. E assim que ele quebrou, imaginei que pudesse ter sido você. Então não te disse mais nada. Nem as besteiras de antes. Nem os elogios de outro dia. Fiquei com tanto medo de te quebrar que fiquei apenas parada, calada, atordoada demais pra pensar em pedir desculpas. Mas já te pedi desculpas em pensamento.
De você não tenho ouvido nem mais uma palavra, nem uma reclamação engraçada, nem mais um segredo, nem mais uma idiotice daquelas que me faziam rir tanto. Não tenho ouvido mais nada. Nem você chorando. O que é bom, já que agora você parece estar feliz. Mas mesmo distante, eu sei que você ainda esconde o choro. Eu sei porque um dia te conheci. Talvez hoje eu já não saiba mais de nada, mas ainda lembro de anteontem.
A questão é que decidi escrever, mesmo sem endereçar o destinatário. Escrevi porque minha cabeça já estava cheia de tantos pensamentos - acredite ou não, escrever faz metade deles se calarem. Eu nem disse tudo o que queria, também não sei se saberia. Tem sido tempos tão difíceis pra mim. Tempos tão estranhos quanto eu. Você sabe que eu sempre fui estranha, você só descobriu um lado meu que eu escondia e esqueceu de lembrar que um dia eu já fui esquisita. Me desculpe por isso também.
Só quero que saiba que eu não te esqueci, mesmo parecendo que sim. Mas se você me conhecesse mais um pouquinho saberia disso e de muitas outras coisas também. Não vou me prolongar mais. Então fico por aqui. Sentada no sofá assistindo um filme com a saudade de companhia.

Até a vista.

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domingo, julho 03, 2011

Mi maior.


"Não importa o que aconteça agora. Eu não vou ter medo." (Videotape - Radiohead)

Se amo, me machuco. Me machuco e canso de amar. Não deixo de amar mesmo estando machucada, mas tomo cuidados para que ninguém pise nas minhas feridas.
Cuido sozinha de mim e de alguns outros que por acaso se machucam no caminho. Aprendi a olhar por mim quando ninguém estivesse fazendo o mesmo. Aprendi assim: a base de socos, carinhos, decepções, amor e muito choro também. Não posso baixar a guarda, pois guardo mágoas, dores e amores que já nem amo mais. Amo apenas a lembrança. Acho que mantenho guardado pelo passado, pela história. Talvez não seja saudável, mas tenho continuado assim.
Pretendo me mudar. Quero dar umas voltas pelo mundo; quero descobrir tudo o que já sei e não lembro; quero rever o que não vi; e esperar que alguma mudança me ocorra. Se a mudança demorar, vou me sentar num banco de praça e reajustar as idéias que me restam. Vou pensar na vida e esperar a hora certa de ser e estar. E se eu me machucar de novo... Vou tentar me curar enquanto eu ainda tiver força, um caderno, uma caneta e um violão.

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