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Quem sou eu

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Às vezes sou o que invento Às vezes sou o que não quero ser Às vezes sou poeira que aparece com o tempo Às vezes sou a pedra onde topas sem querer Ainda estou somente só Ainda ando com meus passos inseguros Ainda me encolho quando sinto dor Ainda choro quando tenho medo do escuro Sou uma bailarina que não dança nem nada Sou uma menina que ainda não cresceu Sou quem passa muitas noites acordada Sou quem acorda quando o sol já se perdeu

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sábado, abril 25, 2009

Só de passagem...



Não sei como está,
Não sei o que fazes agora,
Não sei como se sentes,
Não sei que caminhos percorre...
Não sei como afastar as duvidas,
Não sei como tirar a dor,
Não sei como preencher o vazio que está aqui,
Não sei nem o que fazer pra voltar aos trilhos de novo.
Queria saber tanta coisa, mas não sei...
Queria saber ao menos descrever o que sinto, mas não sei... Só sinto...
Sinto que desta vez não tem volta. Sinto que ficarei de luto por alguns dias até que as coisas se reorganizem... (Se é que algum dia elas assim estiveram.)
Até que as flores murchem de vez eu estarei em uma mudança constante de humores. Talvez seja melhor você não estar mesmo por perto pra que não sintas nem um pouco do que sinto. Sinto tantas coisas...
Sinto que ainda poderiam haver possibilidades, mas não as vejo.
Sinto que poderiam haver respostas, mas só me aparecem duvidas.
Sinto que eu poderia parar de pensar tanto nisso e deixar as coisas como eram há algum tempo atrás, mas não consigo.
Sinto que você poderia estar aqui agora pra tentar me fazer sorrir um pouco pra que eu pudesse esquecer isso sem precisar ir dormir cedo, mas você não está.
E onde estão minhas respostas? E minhas soluções?
Parece que você passou e esqueceu de levar as lembranças com você...
Sem você por perto, elas não me serão úteis.
Assim como você passou pela minha vida, espero que estes seus pequenos restos também passem...


quinta-feira, abril 09, 2009

Palavra - O Teatro Mágico



Palavra
Tenho que escolher a mais bonita
Para poder dizer coisas do coração
Da letra e de quem lê
Toda palavra escrita, rabiscada
No joelho, guardanapo, chão
Ponto, pula linha, travessão

E a palavra vem
Pequena
Querendo se esconder no silêncio
Querendo se fazer de oração
Baixinha como a altura da intenção na insegurança
Vírgula, parênteses, exclamação
Ponto, pula linha, travessão

E a palavra vem
Vem sozinha
Que a minha frase invento pra te convencer
Vem sozinha
Se o texto é curto, aumento pra te convencer
Palavra
Simples como qualquer palavra
Que eu já não precise falar
Simples como qualquer palavra
Que de algum modo eu pude mostrar
Simples como qualquer palavra
Como qualquer palavra.


sexta-feira, abril 03, 2009

Carta a um amigo...



Olá, meu querido! Hoje não te trago nem minhas dores nem minhas lágrimas; já te presenteei com minhas desculpas falhas e mal elaboradas.
Quis reconhecer minha culpa perante o mundo e estive cá pensando sobre um pouco desse tudo. Cheguei a conclusão de que nessa história não há mocinho ou vilão. Pode ser uma teoria que me sirva de escapatória... Ou não. Pode ser também a chave da minha prisão.
É só que... Eu já não sei bem o que dizer. As palavras vão jorrando no papel sem que eu perceba. Vão brotando de mim com a vaga esperança de que um reflexo delas consiga penetrar na sua consciência. Pra quê exatamente eu não sei.
Sei que agora não tem mais volta e que um novo caminho foi aberto, mas antes de anunciar minha derrota, farei algo que ainda consigo julgar como certo. Pois se essas palavras são tudo o que ainda tenho, eu as escrevo.
Hoje, querido amigo, eu só te agradeço. Agradeço pelos sorrisos de todo dia, por me fazer sentir importante e por acalmar minha agonia. Agradeço por ter-se feito prestativo quando precisei, também pelos momentos de felicidade pelos quais passei. Não me esquecerei do que foi nossa amizade, minhas lembranças se farão mais fortes que o tempo.
Se as coisas estão como estão, talvez deva mesmo ser assim. E assim sendo, repito as palavras que o poeta um dia escreveu.

“Nossa história não estará pelo avesso assim sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar. E até lá vamos viver, temos muito ainda por fazer. Não olhe pra trás. Apenas começamos. O mundo começa agora.”

Pois que assim seja, amigo. Obrigada por me ajudar a escrever um pouco da minha história.

Boa viagem...

quinta-feira, abril 02, 2009

Esperando



E mais uma vez falando do tempo... Mais um que tenta interpretá-lo de qualquer forma, que tenta ao menos se descrever contando algum minuto bem ou mal sucedido. Não sei bem pelo que espero, mas ainda assim o faço. Espero... Um sorriso? Um gesto simples? Uma troca de olhar? Alguém? Apenas espero...
Sorrisos... Não tenho uma forma definitiva pra interpretá-los, mas sei que podem surgir a qualquer momento. Por afeto, carinho, deboche, educação ou repulsa, tanto faz... Acho que tenho medo de distribuí-los... Tenho medo de recebê-los... Nem sei... Alguma coisa ainda mexe comigo e sendo assim eu opto por fugir. Fugir de nem sei o que. Por nenhum dos motivos se encontram aqui, mas ainda os espero.
Um gesto simples... Pode ser considerado simples qualquer gesto, mas os que me interessam são bem complexos. A complexidade das coisas a que me refiro não se resume em quantidade, não se resume em forma nem preço. Procuro por algo de valor. Valor que não precise de números, valor que só precise de verdade. Isso é complexo. Os gestos simples pouco me visitam, os complexos então... Passam longe, mas ainda os espero.
Uma troca de olhar... Os olhos... Meu medo, meu refugio. Os olhares são cruéis. Acham-se capazes de julgar tudo e todos. Uma roupa, uma cor de pele, um fio de cabelo que esteja fora do lugar, qualquer coisa. Meus olhos às vezes me envergonham por se desviarem facilmente do meu foco, me envergonham por se concentrarem demais no nada. De certo que às vezes me enchem de orgulho, em raras e quase únicas vezes, mas ainda assim se fazem. Julgamentos certos e incertos, questões que nem sei como discuto. Os olhos não sabem como trabalham, escondem-se entre lentes e sombras, mas ainda continuam ali sendo os donos da verdade. E parece que vai ser sempre assim: julgando, condenando, tomando um pré-conceito, criando um rótulo, fazendo um alvo de seu poder. É assim que funciona. As trocas de olhares não são as mesmas, sinto saudades de observadores que se faziam presentes, não os acho, mas ainda os espero.
Alguém...
Quem?
Procuro alguém que me dê sorrisos, gestos, olhares... Ainda espero... Espero por não saber onde procurar, espero por pensar que podem me encontrar. Enquanto espero posso até acreditar que me preparo pra algum encontro, mas sei ainda que isso não passa de medo. No fim das contas é só o que fica. No fim do texto é a única coisa que ainda tenho certeza.

Alguém?

Onde se encontra?

Não sei... Observo todos os rostos imaginando que seja nessa ou numa próxima vez, me canso às vezes, mas ainda o espero.
Que esse texto caiba a alguém que queira esperar comigo...


quarta-feira, abril 01, 2009

Silêncio



Houve silêncio por ter-se muito a dizer e pouco a ser contado. Houve espaço demais entre as falas mal interpretadas. Houve distancia demais mesmo estando ao lado. Houveram segredos, houveram falhas e houve a dor. De novo e de novo...
A musica ainda toca, os olhos ainda estão tão acordados, tão cheios de mar que parece que a única solução é obrigá-los a se fecharem. É inevitável pedir ao mar pra ficar quieto. Sendo assim, ele insiste em não obedecer.
Ainda penso, imagino, sonho e no fim, volto aos pesadelos. Era sonho demais pra mim. Cansei de imaginar algo bom, imaginei tanto que a dor voltou. De novo e de novo...
Os olhos retornam e continuam aqui a me encarar. Minha imaginação tira o pouco que ainda tenho de lucidez, mas quem disse que isso a incomoda? Me incomoda muito, mas já desisti de tentar vencê-la. Já apostei tanto contra ela que cansei de perder.
Perdi tempo.
Tempo que eu não tinha nem noção de como gastá-lo de outra forma que não essa, mas ainda assim perdi.
Perdi minhas moedas.
Na verdade eu não tinha nenhuma, mas achei que minhas esperanças valessem qualquer vintém. Bem que deu-se pra apostar, mas não lucrei em nada, o que me restou foi a dor. De novo e de novo...
No fim das contas parece que só ela insiste em andar ao meu lado. Minha sombra se faz companheira dela, tentei impedir, mas que posso fazer? Daqui a pouco serei eu... Eu e a dor. Ela, de novo e de novo...
E o silêcio?
Cansou-se de se fazer ativo?
Não... Faz-se mais ativo do que nunca... E desta vez estamos a três...
O silêncio, a dor e eu... de novo e de novo...