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Quem sou eu

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Às vezes sou o que invento Às vezes sou o que não quero ser Às vezes sou poeira que aparece com o tempo Às vezes sou a pedra onde topas sem querer Ainda estou somente só Ainda ando com meus passos inseguros Ainda me encolho quando sinto dor Ainda choro quando tenho medo do escuro Sou uma bailarina que não dança nem nada Sou uma menina que ainda não cresceu Sou quem passa muitas noites acordada Sou quem acorda quando o sol já se perdeu

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sábado, novembro 20, 2010

Status: Invisível.


"Eu não posso depender. No fim, você sabe que eu pensei que você era meu amigo" (Celebrity Status - Marianas Trench) ♫♪♫

Me ensinaram a não deixar as coisas pra depois. Fazer o que tivesse de ser feito agora, antes que fosse tarde demais. Me vejo fazendo esforços diários na busca de um [re]conhecimento, e acabo me vendo cada vez mais perdida. Como se nada do que eu fizesse, ou dissesse, fosse o suficiente. Logo eu, que antes pensei que não precisasse dessa correspondência, me vi dependente de olhares que não estavam dispostos a me dar a devida atenção. Pois sei que mereço mais do que um sorriso amarelo jogado sem o menor esforço.
Não há drama nas minhas palavras, há tristeza. E não me olhe como se eu estivesse mendigando um pouco mais de afeto, pois não estou. Tenho o direito de expor a minha raiva, assim como você tem o direito de sentir pena de mim, mas por favor não faça isso.
Quanto mais eu tento me melhorar, mais tenho visto que meus esforços têm sido vãos. Sempre tendo que engolir minhas palavras e as dos outros a fim de tentar evitar uma briga, cobrando de mim um pouco mais de paciência para conseguir manter um convívio agradável, e isso tudo pra quê? Pra continuar me vendo como a mesma idiota de tanto tempo atrás. Isso me cansa. Digo a mim que não preciso passar por esse tipo de situação outra vez, mas onde eu escondi a minha coragem mesmo? Não consigo encontrá-la pra poder dar um fim a isso. E agora, nem eu acredito mais nos meus esforços. Será que foram mesmo o bastante? Não sei. Vou travando mais uma maratona de questionamentos, e como sempre, acabando por me culpar. Não entendo como ainda consigo cair nessas armadilhas. Não entendo como ainda continuo nessa situação. São dias difíceis.

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sexta-feira, novembro 12, 2010

A espera.


“E vou me esquecer do mundo que eu conheci, mas juro que não vou te esquecer. Se minha voz pudesse alcançar o passado, eu sussurraria no seu ouvido: Oh, querido, eu queria que você estivesse aqui.” (Vanilla Twilight – Owl City) ♫♪♫


Da escuridão fez-se a calma, o silêncio, a dor. Há dor. Vontade. Espera.
Há um céu mais escuro que o normal esta noite. Não sei dizer se assim o vejo por estar sozinha, por estar triste. Mas é fato que esta noite está mais escura. Seus olhos não estão aqui para clarear o quarto. Não estão aqui para clarear minha alma.
Me forço a tentar dormir, a não pensar em nada; mas minha mente custa a me obedecer. Vejo o tempo passar tão lentamente, que sinto que justamente hoje, a noite vai ser mais longa. Não tardará muito, e a insônia virá me acompanhar. Como se já não bastasse essa tristeza e o seu lugar que, assim como eu, espera você chegar.
Espero.
Espero que você entenda que hoje a noite pede a sua presença. E não precisa dizer nada, basta estar. Basta ser o que se é. Porque hoje eu daria tudo pra ter a sua respiração roubando o meu ar. Meus sentidos. Minha tristeza. Hoje eu preciso daquele abraço e daquele carinho. Do conforto que apenas você consegue me dar. A força que eu só encontro no seu olhar. Sentir seus dedos se acomodando entre os meus. Sentir você ocupando o lugar que nunca deixou de ser seu.


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terça-feira, novembro 02, 2010

Cadê o preto e branco?


"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome..." (Adriana Calcanhotto) ♫♪♫

Essas cores já não me agradam
Caíram naquela desgraça
E me parecem mais tristes ainda

São tão vivas que me doem os olhos
Me dói a alma
Afeta os meus sentidos e me maltrata

Espero a paz do preto e branco
Espero a sabedoria do tom de cinza
E não me diga que estou sendo amarga
É apenas meu ponto de vista.


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