
Houve silêncio por ter-se muito a dizer e pouco a ser contado. Houve espaço demais entre as falas mal interpretadas. Houve distancia demais mesmo estando ao lado. Houveram segredos, houveram falhas e houve a dor. De novo e de novo...
A musica ainda toca, os olhos ainda estão tão acordados, tão cheios de mar que parece que a única solução é obrigá-los a se fecharem. É inevitável pedir ao mar pra ficar quieto. Sendo assim, ele insiste em não obedecer.
Ainda penso, imagino, sonho e no fim, volto aos pesadelos. Era sonho demais pra mim. Cansei de imaginar algo bom, imaginei tanto que a dor voltou. De novo e de novo...
Os olhos retornam e continuam aqui a me encarar. Minha imaginação tira o pouco que ainda tenho de lucidez, mas quem disse que isso a incomoda? Me incomoda muito, mas já desisti de tentar vencê-la. Já apostei tanto contra ela que cansei de perder.
Perdi tempo.
Tempo que eu não tinha nem noção de como gastá-lo de outra forma que não essa, mas ainda assim perdi.
Perdi minhas moedas.
Na verdade eu não tinha nenhuma, mas achei que minhas esperanças valessem qualquer vintém. Bem que deu-se pra apostar, mas não lucrei em nada, o que me restou foi a dor. De novo e de novo...
No fim das contas parece que só ela insiste em andar ao meu lado. Minha sombra se faz companheira dela, tentei impedir, mas que posso fazer? Daqui a pouco serei eu... Eu e a dor. Ela, de novo e de novo...
E o silêcio?
Cansou-se de se fazer ativo?
Não... Faz-se mais ativo do que nunca... E desta vez estamos a três...
O silêncio, a dor e eu... de novo e de novo...
nosssa...
ResponderExcluirvc escreve o q eu penso..
=s
acho q nunca vi descrição melhor sobre o silencio...
ResponderExcluirlinda *_*
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVocê escreve perfeitamente bem Van, putz muito bom seu texto.
ResponderExcluirBoto fé em ti =D
Luca