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Quem sou eu

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Às vezes sou o que invento Às vezes sou o que não quero ser Às vezes sou poeira que aparece com o tempo Às vezes sou a pedra onde topas sem querer Ainda estou somente só Ainda ando com meus passos inseguros Ainda me encolho quando sinto dor Ainda choro quando tenho medo do escuro Sou uma bailarina que não dança nem nada Sou uma menina que ainda não cresceu Sou quem passa muitas noites acordada Sou quem acorda quando o sol já se perdeu

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quinta-feira, dezembro 16, 2010

Eu e o mundo.




“Oh, como encontrará seu caminho? Oh, como encontrará seu caminho?” (Alice’s theme - Danny Elfman) ♫♪♫

Tenho olhos que não são meus
Que vivem em mim e no mundo
Olhando a vida pelo lado de dentro da janela
E vez por outra se afogando no próprio pranto

Tenho ouvidos que não são meus
Que vivem em mim e no mundo
Que se prendem ao barulho da queda da chuva
E se fixam nas batidas de um coração cheio de danos

Tenho uma boca que não é minha
Que vive em mim e no mundo
Sente o sabor das palavras de um livro velho
Reproduzindo o som dos signos em forma de canto

Tenho um coração que não é meu
Que vive em mim e no mundo
Que bate forte demais por pequenos gestos
Que renova suas esperanças a cada sonho

Tenho um eu que não é meu
Que vive em mim e no mundo
Que passa o dia preso no meu corpo pequeno
Que passa a noite viajando pelo mundo

Um mundo que também não me pertence
Mas que ainda assim me deixa aqui viver
Que me deixa à vontade pra fazer uma visita
Que me deixa livre pra partir quando eu bem entender.

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quinta-feira, dezembro 02, 2010

Me dizes.


"Às vezes eu não sei o que você quer." (Say anything - Marianas Trench) ♫♪♫

Me dizes o que há de errado com meu canto
Hora camuflado em sorriso
Hora visto como pranto.

Me dizes como te mostro o meu mundo
Hora cuidado como anjo
Hora tratado como monstro

Me dizes, meu querido.
A hora certa de estar
A hora de me afastar

A hora de ser o que precisas que eu seja.
A hora de ser o que queres que eu seja.
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sábado, novembro 20, 2010

Status: Invisível.


"Eu não posso depender. No fim, você sabe que eu pensei que você era meu amigo" (Celebrity Status - Marianas Trench) ♫♪♫

Me ensinaram a não deixar as coisas pra depois. Fazer o que tivesse de ser feito agora, antes que fosse tarde demais. Me vejo fazendo esforços diários na busca de um [re]conhecimento, e acabo me vendo cada vez mais perdida. Como se nada do que eu fizesse, ou dissesse, fosse o suficiente. Logo eu, que antes pensei que não precisasse dessa correspondência, me vi dependente de olhares que não estavam dispostos a me dar a devida atenção. Pois sei que mereço mais do que um sorriso amarelo jogado sem o menor esforço.
Não há drama nas minhas palavras, há tristeza. E não me olhe como se eu estivesse mendigando um pouco mais de afeto, pois não estou. Tenho o direito de expor a minha raiva, assim como você tem o direito de sentir pena de mim, mas por favor não faça isso.
Quanto mais eu tento me melhorar, mais tenho visto que meus esforços têm sido vãos. Sempre tendo que engolir minhas palavras e as dos outros a fim de tentar evitar uma briga, cobrando de mim um pouco mais de paciência para conseguir manter um convívio agradável, e isso tudo pra quê? Pra continuar me vendo como a mesma idiota de tanto tempo atrás. Isso me cansa. Digo a mim que não preciso passar por esse tipo de situação outra vez, mas onde eu escondi a minha coragem mesmo? Não consigo encontrá-la pra poder dar um fim a isso. E agora, nem eu acredito mais nos meus esforços. Será que foram mesmo o bastante? Não sei. Vou travando mais uma maratona de questionamentos, e como sempre, acabando por me culpar. Não entendo como ainda consigo cair nessas armadilhas. Não entendo como ainda continuo nessa situação. São dias difíceis.

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sexta-feira, novembro 12, 2010

A espera.


“E vou me esquecer do mundo que eu conheci, mas juro que não vou te esquecer. Se minha voz pudesse alcançar o passado, eu sussurraria no seu ouvido: Oh, querido, eu queria que você estivesse aqui.” (Vanilla Twilight – Owl City) ♫♪♫


Da escuridão fez-se a calma, o silêncio, a dor. Há dor. Vontade. Espera.
Há um céu mais escuro que o normal esta noite. Não sei dizer se assim o vejo por estar sozinha, por estar triste. Mas é fato que esta noite está mais escura. Seus olhos não estão aqui para clarear o quarto. Não estão aqui para clarear minha alma.
Me forço a tentar dormir, a não pensar em nada; mas minha mente custa a me obedecer. Vejo o tempo passar tão lentamente, que sinto que justamente hoje, a noite vai ser mais longa. Não tardará muito, e a insônia virá me acompanhar. Como se já não bastasse essa tristeza e o seu lugar que, assim como eu, espera você chegar.
Espero.
Espero que você entenda que hoje a noite pede a sua presença. E não precisa dizer nada, basta estar. Basta ser o que se é. Porque hoje eu daria tudo pra ter a sua respiração roubando o meu ar. Meus sentidos. Minha tristeza. Hoje eu preciso daquele abraço e daquele carinho. Do conforto que apenas você consegue me dar. A força que eu só encontro no seu olhar. Sentir seus dedos se acomodando entre os meus. Sentir você ocupando o lugar que nunca deixou de ser seu.


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terça-feira, novembro 02, 2010

Cadê o preto e branco?


"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome..." (Adriana Calcanhotto) ♫♪♫

Essas cores já não me agradam
Caíram naquela desgraça
E me parecem mais tristes ainda

São tão vivas que me doem os olhos
Me dói a alma
Afeta os meus sentidos e me maltrata

Espero a paz do preto e branco
Espero a sabedoria do tom de cinza
E não me diga que estou sendo amarga
É apenas meu ponto de vista.


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sexta-feira, outubro 22, 2010

Evite embaraços.


“Você já teve algum devaneio? Eu já.” (Daydream – One Night Only)


Vou te dizer uma coisa: Pare de aparecer nos meus sonhos!

É desconfortável ter um sonho tão intenso com você e acordar sabendo que tanta intensidade foi só sonho. Não pense que sou fraca e covarde por não tentar fazer desse sonho a nossa realidade. Eu encarei os fatos, tomei minhas doses de realidade e entendi que não há razão pra agir de forma diferente só porque minha mente resolveu me confundir. Eu tenho certeza do que sinto. E sei o que você sente. Então me faça o favor de sumir dos meus sonhos! É desconfortável ter que te encarar depois de um sonho desses. Só pra deixar claro, o vermelho não cai bem no meu rosto. Evite embaraços.


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sábado, outubro 09, 2010

À vontade


“Ela bem que gostaria de apoiar-se em algo mais sólido que o amor” (Madame Bovary – Gustave Flaubert)

Nunca tive tantos dizeres que se sobrepusessem às suas palavras, nem os traços que poderiam me caracterizar como o ser perfeito a seu ver.
Não guardo minhas verdades embelezadas por baixo das mangas, nem te envio os olhares que ensaiei tantas vezes para o espelho.
Não sou a dona dos teus olhos, não sou a dama dos teus sonhos.
Eu bem que poderia estar à frente, esperando de você apenas suas melhores fases e suas melhores frases, mas não estou.
Gosto de estar ao teu lado e ver que também possui defeitos.
Gosto de te ver à vontade. Não como o manequim que se põe na vitrine e goza de todo o ganho de atenção instantânea.
Gosto de te ouvir dizer palavras sujas, te ver praguejar a quem se ponha no seu caminho e te diga o que deves fazer.
Te ver acalentar os sentimentos que brigam dentro de ti pra ganhar a atenção de quem não te dá ouvidos me deixa triste, e me lembra que tenho que acalentar também os meus sentimentos.
Às vezes é tarde para me lembrar dos meus deveres, mas até que o meu esquecimento me pegue de jeito , vou correr os riscos e esperar que um dia eu me obrigue a esquecer de ativar minhas linhas imaginárias de segurança.


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sexta-feira, setembro 03, 2010

A mesma coisa de sempre.

"Alguém disse o nome dele e que ele quebrou o seu coração
E você não sabe o porquê, não sabe o porquê.
Você olha para o céu, enquanto se ajoelha e ora.
E pergunta porquê, você não sabe o porquê." (
Never be the same - One Night Only) ♫♪♫


Os pensamentos me vêm, mas me faltam as palavras.

Nunca sei como começar tudo isso.

É realmente mais difícil quando se trata de sentimentos.

Como saber a quem confidenciar um medo?

Como doar uma parte dos meus melhores sentimentos, sem o receio de estar sendo alvo de uma piada?

É complicado quando se tem muito a dizer, e pouco a se contar.

Não tenho mais tantas palavras para compartilhar.



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domingo, agosto 22, 2010

A bailarina



"Tudo que eu quero é algo em que acreditar" (All I want - One Night Only) ♪♫♪

Dia desses me perguntaram se eu sou bailarina de verdade
A verdade é que não danço, nem encanto
Não sirvo de inspiração para nenhum grande homem
Tenho meus sonhos e miragens
Ando composta de várias faces e personagens
Sou um pouco de vazio e vaidade, e um rascunho das minhas vontades.

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quarta-feira, agosto 11, 2010

À você.

“Talvez tivesse desejado confiar a alguém todas aquelas coisas. Mas como explicar um indefinível mal-estar que muda de aspecto como as nuvens que redemoinham como o vento? Faltavam-lhe, portanto, as palavras, a ocasião, a ousadia” (Madame Bovary – Gustave Flaubert)


Agradeço à você
Por não me deixar outra escolha, senão confiar apenas em mim
Por me deixar acompanhada desta sombra de dúvidas e incertezas
Por me fazer acreditar que eu não serei capaz de sentir as coisas boas novamente

Agradeço à você
Que me faz reviver meus piores momentos toda noite antes de dormir
Que me faz viver de grandes doses de silêncio e ausência
Que me faz sorrir forçadamente para não ter de preocupar as poucas pessoas que amo

Agradeço à você
Que me ameaça todo dia em troca do meu falso afeto
Que me derruba todo dia com esse sorriso diabólico nos lábios
Que me diz todo dia que me ama, quando na verdade só quer sugar minha alegria

Agradeço à você
Por ser o fardo que carrego por tanto tempo
Por ser o alvo dos meus piores planos

Agradeço à você
Por fazer dos meus dias um tormento
Por não poder ter a paz que tanto clamo.


Obrigada por tudo.


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segunda-feira, agosto 02, 2010

Quem sabe?

“Eu não quero que o mundo me veja, porque eu sei que eles não entenderiam” (Iris – Goo Goo Dolls)


Não te disse as palavras certas na hora marcada
Não fiz o meu dever
São tantas complicações que me atormentam
Que fico assim mesmo
Sendo eu, sem me ser.


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sábado, julho 10, 2010

Figura de pausa


“Eu estou realmente cansado... As coisas na minha cabeça que você costumava admirar, não poderiam estar piores.” (Sundrenched world – Joshua Radin)


A verdade é que não tenho mais sobre o que escrever. Tentei mentir pra mim achando que era sobre aquela coisa de falta de inspiração, de idéias e tudo o mais. Mas acho que já passei daquela fase há muito tempo. Não sei mais sobre o que escrever mesmo. É triste.


Aos que me lêem, e aos que eu acompanho:

Desculpem a minha ausência, o meu silêncio, e, por algumas vezes, as minhas poucas palavras e gestos. Estou nessa grande pausa, mas eu juro que não é por querer. Como sei que não tenho sobre o que escrever, não escrevo. Não vou encher meu blog com coisas inúteis e idiotas (não que seja muito diferente do que já tem aqui, mas deu pra entender). Enfim...

Por hora, é o que fica.

Beijos.

quarta-feira, junho 23, 2010

Memórias


“E todo dia nós tentamos encontrar... Procuramos nossos corações e nossas memórias, o lugar que costumávamos chamar de casa.” (No envy no fear – Joshua Radin)


Algumas daquelas pequenas lembranças ainda estavam ali. Guardadas na caixinha que ela mantinha dentro do armário. Sentiu que muita coisa havia mudado, inclusive ela mesma.
Viu naquele pequeno papel amassado uma letra meio torta, que há muito tempo aprendera a reconhecer como querida. Umas palavras que não diziam nada, mas mesmo assim faziam-na sorrir sempre que esbarrava os olhos por cima do pequeno papel. Mais ao fundo, junto com umas fotografias, estava a letra de uma musica escrita há muito tempo. Quem a escreveu nem lembra que fez aquilo, mas ela decidiu guardar mesmo assim.
Foram muitas cartas, muitos cartões e fotografias. Maioria dos remetentes ela já perdeu de vista, mas não esquece que eles foram uma peça muito importante para a construção de suas boas memórias, e daquela caixinha que se mantém enfiada no armário. Tem uma boa memória pra esse tipo de coisa, e, gostaria que mais alguém também a tivesse como uma boa memória.
E sem esperar por mais, ela junta todas as memórias de novo na caixinha, aquela caixinha de coisas especiais. É assim que ela acha que as coisas devem ser mantidas... Como memórias especiais.

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sábado, junho 12, 2010

Sentimental


“Se ela te fosse direta, você a rejeitaria” (Sentimental – Los Hermanos) ♫♪♫

Não fui tão honesta quanto pensavas. Não te falei todas as verdades que quis. Só as que não seriam capazes de me comprometer. Não sei se fiz certo, nem mesmo vou saber. Não tenho a mesma coragem que supões que eu tenha. É uma pena...
Quando fiquei muito tempo encarando o chão, eu quis encarar seus olhos por mais alguns minutos. Quando fiquei tempo demais segurando aquela embalagem de chocolate, eu quis na verdade segurar suas mãos. Quando passei tanto tempo te falando de como aquele carinha que passava na TV era idiota, eu só queria te dizer tudo o que sinto por você. Queria te contar que tenho me escondido pra não ter que fraquejar quando estivesse tão perto de você. Queria te contar que desviei seus olhares por tantas vezes, porque não tinha coragem pra encará-los. Quis também te dizer que te quero mais do que você imagina... Mas não disse...


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sábado, junho 05, 2010

Desassossego.



“Eu agi sempre para dentro
Eu nunca toquei na vida.
Nunca soube como se amava...
Apenas soube como se sonhava amar.
Se eu gostava de usar anéis de dama nos meus dedos,
É que às vezes eu queria julgar que as minhas mãos eram de princesa.
Gostava de ver a minha face refletida,
Porque podia sonhar que era a face de outra criatura.”
(Desassossego – Fernando Pessoa)

Sou mesmo muito tola. Fico aqui me revirando na cama, imaginando tantas coisas que tenho certeza de que nunca deixarão de ser só isso: pura imaginação. Chego a ter vergonha de mim por ser tão estúpida. Sou esse animal sentimental, que volta e meia se pega chorando por nada, ou que cai de amores por tão pouco. Sou mesmo muito tola. Há tempos que não venho tendo sossego. Não tenho mais aquela calma companheira – que poucos enxergavam - , nem aquelas manias que me divertiam. Não tenho mais aquele ponto de apoio, nem o foco nas coisas que me davam alegria. Não sei dizer o que se passa aqui dentro, não sei dizer o que queres que eu diga, simplesmente não sei. Tenho perdido minha voz, contento-me em apenas observar, ser sempre quem está por trás das cenas, quem apenas assiste o que se passa. Não é tão triste assim como muitos pensam, só que é complicado quando você passa a observar demais e participar de menos. Você meio que perde um pouco do contato com os principais atores, e isso é ruim. Há quem consiga viver bem sem eles, há quem não consiga. Mas também há quem quer estar no meio de toda essa confusão. Que não quer estar apenas de um lado ou apenas de outro. Há quem queira acompanhar o que se passa pelos dois lados, mas ninguém quer saber disso. Não entendem muito o que se passa com um ser tão observador. Mas ainda observo. Não sei ser diferente. Sou mesmo muito tola. Tenho observado tanto, que tenho perdido a pratica nas relações sociais. Já vi os reflexos de tantas pausas para observar, já senti o cansaço me tirar o senso do que é real e o que não é. Ainda fico me revirando pela cama, imaginando aquela cena no balanço, imaginando aquele abraço de conforto, imaginando aquele beijo que não vai acontecer. Estou imaginando demais. Preciso do meu sossego de volta. Preciso encontrar meu ponto de equilíbrio. Sinto que estou sendo mais tola ainda, escrevendo tudo isso. Por que não deixei isso apenas na imaginação?


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domingo, maio 23, 2010

Você não me conhece


"Você não me conhece, mas me ama pra sempre, porque te convém. Desaparece. Se pinta outro atalho não sou mais ninguém. Me deprime, me derruba, e depois reza por mim. E o meu crime, apagar as velas antes do fim."

(Você não me conhece - Jay Vaquer)

Sem mais. =)


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sexta-feira, abril 02, 2010

Menina - Vanessa Dantas


Vem minha pequenina
Vem dançando, minha menina
Vem trazendo sua alegria
Teu sorriso é minha sina

Anda pelos campos
Mostra ao mundo seus encantos
Me ensina a ser tão linda
Me dá forças, minha menina

Vem... vem ver comigo o sol brincar de se esconder
Abraça a vida
Leva o amor com você
É facil ver as coisas como você vê e
Rir das coisas mais bonitas com prazer
Imagina que serei a sua eterna bailarina
Assim você será pra sempre a minha menina.


sábado, março 27, 2010

Desconforto

“Todas essas coisas que eu odeio giram em volta de mim.”


Nos últimos dias estive pensando bastante sobre isso. Pensei que fosse exagero da minha parte. Pensei que não houvesse um motivo realmente forte para que eu permanecesse assim. De muitas maneiras eu tento acalmar a raiva, tento não pensar nisso, tento – em vão – ser paciente. A verdade é que nada disso tem me ajudado. Nem as tentativas de permanecer calma, nem essa raiva que está instalada em mim - e parece que ela luta pra continuar nesse posto.
Tenho tido dias difíceis. Tenho passado por muitos desconfortos, engolido muitos sapos e aturado muitos desaforos. O fato é que eu estou numa situação terrível. Daquelas que quando você pensa que não pode piorar, piora. A tendência é sempre essa: piorar.
Estou tendo que aguentar isso tudo calada. Não posso falar nada porque esse é um daqueles momentos onde você fica calado pra não prejudicar outras pessoas. É onde você fica quieto pra não ter que ver alguém que você gosta passando por maus bocados. Isso é ruim. Muito ruim. Tão ruim, que eu não posso expor os motivos de tanta raiva nem nesse post.
Odeio estar sujeita a esse tipo de desconforto. Odeio ter que tapar a boca pra esse tipo de coisa. Mas não posso fazer mais que isso - não agora. Enquanto eu não coloco minha raiva pra fora, sou obrigada a engolir mais uma vez essa raiva. Vou guardando outra vez essas coisas ruins que tanto me desgastam.


sexta-feira, março 19, 2010

Notas de uma observadora:


É uma inquietude

Um querer fazer

É uma vontade

É o não saber


São traços que se formam na mente

Mas não visitam o papel

São linhas que continuam incompletas

Folhas que não têm rastros de pincel


As palavras que se atrapalham

Que se demoram nas pausas da dança

E o meu pensar desordenado

Que muito tenta, e logo cansa


A espera

As muitas tentativas

Os textos que não se completam

A rima inconclusiva


É uma eterna inquietude...

É uma grande vontade...

É um final que não termina...

É um fragmento sem vaidade.


"Assim são os insetos interiores"


terça-feira, fevereiro 09, 2010

Obrigada


“Teu sagrado e tua besteira, teu cuidado e tua maneira de descordar da dor, de descobrir abrigo...”

Me anima, mesmo quando pensa que não. Fica meio na duvida pra seguir o próximo ato, mas ainda assim continua. Não consegue ser diferente. E ainda que tentasse, seria exatamente o mesmo, pois sua capacidade de fazer o que é certo age antes mesmo que você pense.
Me conforta. Usa de uma linguagem muito bem dosada. Nada de exageros adocicados ou amargos demais. Sabe ser firme sem ser severo, sabe acalentar sem parecer meloso.
Me entende. Não há necessidade de muitas palavras. Por muitas vezes só os olhos falaram. E nesse dizer-não-dito, percebo que a conversa dos olhos foi uma das melhores que já tive.
Acredita. Acho incrível a sua forma de acreditar em mim. Até mesmo quando nem eu acredito.
Duvidas? Não, não... Não tenho duvidas da sinceridade de cada gesto, da verdade refletida em cada olhar, da certeza de cada palavra. Não pretendo me prolongar nessa questão. Não só porque não tenho duvidas, mas também porque não tenho as melhores palavras pra descrever. Sendo assim, escolho mais uma de minhas simplicidades: Obrigada por se fazer presente em minha vida.

"É por isso que eu te amo."

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Me permito



“Me faz mais feliz... Me dá asas pra fluir...”

Não se sabe o gosto exato das palavras ouvidas. Soa linda e delicadamente... Como uma canção de ninar. Embora eu tenha criado muitas dessas palavras em minha mente, é sempre diferente quando elas são realmente sentidas. E as ouvi. Muitas vezes não soube diferenciar palavra ouvida de sonhada, mas certamente estas foram reais.
Aquelas poucas palavrinhas fizeram minha alma dar pulos de alegria. Mesmo uma parte de mim sendo extremamente severa e me forçando a aquietar-me, eu não conseguia. Deixei as emoções dominarem. Deixei meu contentamento ser observado por olhos curiosos. E me permiti sonhar. Mesmo sabendo que tudo não passaria de sonho, me permiti imaginar novas falas e fazer as poucas que foram ditas ecoarem dentro de mim. Livres.
Uma onda de felicidade foi gerada em mim. Fitei o nada como quem espera que a qualquer momento uma voz querida encontre meus ouvidos. Mas não há nada. Sei que não há e tenho quase certeza de que não haverá – digo quase porque é sempre bom sonhar, mesmo que minhas chances sejam nulas.
Me permito sonhar agora, pois amanhã o sabor das minhas lembranças será amargo e me trará dor. Estarei de ressaca. Pronta pra sentir as conseqüências da minha insanidade. Pronta pra aprender que não devo sair da linha outra vez. Pronta pra ver que não devo me animar com tão pouco. Amanhã será um dia longo e precisarei de muito mais que minha força pra me levantar. Mas... e daí? Ainda estou no meu hoje. Vou aproveitar essa musica que ecoa em meus ouvidos. Dançar até cair no chão. Me permitir ser livre por meus poucos minutos.

“Sou o único que conhece a extensão plena e completa da minhas atividades” (Jostein Gaarder)

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Entre outras coisas


‘’Desejei uma vida inteira pela frente... Nem começou’’

Não sei se a aplicação é basicamente essa, mas de fato, minha vida ainda nem começou.
Nesse ultimo ano, a coisa que eu mais fiz foi pensar. Pensei em muita coisa, e tudo o que pensei, certamente envolvia o comportamento das pessoas. Eu tenho essa mania de ficar observando todo mundo. Quando eu estiver calada/quieta demais, tenha certeza de que estou ‘pensando na vida’. E pensar cansa às vezes. – Quem disse que pensar não cansa?
Tenho saído pouco para observar o movimento da cidade, e nessas poucas vezes me peguei observando o modo como as pessoas se olham, como andam, como falam, como se tocam, como vivem... Tudo isso me fascina.
Pensando que eu havia feito muito isso com os outros e tão pouco comigo, obriguei meus olhos a olharem para mim.
O que eles viram:
- Que sempre acho que não sei de nada.
- Que eu sou uma pessoa horrível comigo mesma (uma vez já me flagrei me torturando por algo que nem merecia tanto).
- Que inevitavelmente eu me preocupo com as pessoas (até as que não merecem).
- Que eu perdi muito da minha essência.
- Que eu tenho sentido medo de muita coisa que antes não tinha nenhum efeito sobre mim.
- Que eu tenho estado muito sentimental.
- Que eu não suporto ficar sozinha.
- Que eu detesto ser ignorada.
- Que de vez em quando, meus ouvidos precisam ouvir coisas agradáveis.

Isso foi o que eu vi quando obriguei meus olhos a olharem um pouco pra mim e não tanto pros outros – acho que não devo ser a única a pensar que eu deveria ser menos cruel comigo.
Com base nisso, decidi mudar. Hoje é um ótimo dia pra começar isso. Não pretendo fazer planos, nem promessas. Não quero me prender às trivialidades desse formidável mundo cão, nem me desprender das coisas que acredito e aprecio. Se passo o tempo pensando demais na vida, é porque ainda pretendo encontrar a minha essência perdida –mesmo que demore.